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Ansiedade: Como Usar seus Talentos para se Adaptar ao Novo Normal



Segundo o Instituto Ipsos, 2 em cada 5 brasileiros sentem-se mais ansiosos por causa do coronavírus, sendo Brasil o país que mais sofre com ansiedade*. Tenho lidado com muita ansiedade e estresse de meus clientes de coaching executivo e de liderança, além do que experienciei ao atender gratuitamente 23 pessoas através do movimento Talentos Unidos.


Fico feliz em poder ajudá-los a usarem seus Talentos CliftonStrengths para se adaptarem ao novo cenário e reduzirem alguns dos fatores que trazem ansiedade a seus corações.


Importante: esse texto não se propõe a lidar com ansiedade como doença. A mesma necessita de tratamento psicológico ou psiquiátrico. Busque um profissional da área.



Conforto Fora da Zona de Conforto


Gosto muito de paradoxos, e aqui vai um especial para todos aqueles que defendem sair da zona de conforto como uma máxima: Nem tudo deve ser desconfortável fora da Zona de Conforto. Sua essência, sua identidade, precisam estar fortes para você enfrentar o mundo VUCA (Volátil, Incerto, Complexo e Ambíguo). É importante haver um conforto interno, mesmo no desconforto externo.


E talentos ajudam muito nesse processo. Eles explicam sua forma natural de lidar com situações, pois são padrões de pensamento, sentimento e comportamento recorrentes em você. São como a mão dominante, na qual você se apoia ao cair. Eles são a zona de conforto fora da zona de conforto.



Reação vs Resposta


As mudanças foram bruscas, forçadas, e a primeira coisa com que muitos se preocuparam foi como garantir as entregas e dar continuidade à operação. Foi necessário reagir, e reagir rápido.


Só que reação é diferente de resposta. Reagir é instintivo, inconsciente, necessário para sobrevivência. Para responder, é necessário intencionalidade, consciência, reflexão.


Convido você a acessar seu modo de resposta, com 4 reflexões que direcionarão na busca de uma adaptação prática e reduzir alguns fatores que afetam sua ansiedade.


Usarei um exemplo hipotético para ilustrar: Helena Poscovid, gerente de equipe. Ela sente-se sobrecarregada e ansiosa em relação a seu futuro na empresa. Não se sente à vontade com seus pares e gestora direta no ambiente digital. Algo a incomoda nas reuniões online. Atende WhatsApp até tarde da noite, sente-se todo dia em dívida, atrasada.

1) Do que você sente falta?


A primeira coisa é prestar atenção no ambiente. Ao focarmos apenas no trabalho, não percebemos que o entorno pode atrapalhar. Pode parecer bobeira, mas note que, como seres humanos, até coisas pequenas podem causar muita preocupação.


Pode ser algum fator físico (como iluminação, volume, bagunça), relacional (como família, amizades, colegas), trabalho virtual (reuniões, chamadas, e-mail, WhatsApp, novas tecnologias, rotinas), entre outros.


No caso de Helena, ela sente falta do acesso direto a sua gestora, que antes tinha a sala aberta, o que lhe permitia entrar a qualquer hora para conversar e alinhar. Ela sente falta de ver suas pares perto, ter conversas informais e sentir que estão trabalhando em equipe.


E você, do que sente falta? O que perdeu ao entrar na quarentena e está te incomodando?



2) Quais necessidades e talentos estão por trás desse incômodo?


Talentos são como os personagens da animação Divertidamente: cada um tem uma personalidade própria, e a interação entre eles compõe nossa essência. Gosto de chamá-los de meus Conselheiros Internos. Possuem formas próprias de atuar, e necessidades específicas. É como se tivesse fome e sede de algo, e saciá-los nos permite estarmos em nossa melhor forma. Deixá-los famintos pode trazer nosso pior à tona.


Helena possui talentos em Relacionamento. Para ela, desenvolver amizade com seus colegas é importante. E ela usa os momentos informais individuais para se aproximar. Reuniões gerais são mais informativas.


E você, quais talentos podem estar famintos na quarentena?



3) Você vai dirigir olhando pelo retrovisor?


Ter consciência sobre nossa fome é necessária, porém não suficiente para saciá-la. Poderíamos torcer para as coisas voltarem logo ao normal e acabar o sofrimento. Mas o que parecia ser algo temporário, continua e não termina. E, mesmo se voltar, não será da mesma forma. Por isso chamam de "Novo Normal".


Aqui temos um momento de decisão. Diagnóstico feito, hora de buscar soluções.

"...Mas concentro todos os meus esforços nisto: esquecendo-me do passado e olhando para o que está adiante, prossigo para o final da corrida..." - Paulo de Tarso, séc. I d.C.

Para Helena, ela tomou consciência de que precisa de tempo individual com seus colegas e gestora. Ela será intencional em marcar conversas com elas, mesmo informais, fora de trabalho, como café ou almoço virtual. Isso trará para ela conforto e proximidade que precisa para estar no seu melhor.


A palavra-chave é intencionalidade.

Desafio você a fazer uma simulação. Imagine que não dá mais para voltar atrás. Quais opções você tem no Novo Normal para saciar suas necessidades?


Consulte aqui algumas ideias para ação para aumentar seu bem-estar, de acordo com seus talentos dominantes.



4) Vamos combinar as novas regras do jogo?


De certa forma, é como se estivéssemos num novo jogo. Só que poucos pararam para se perguntar sobre as "regras". Simplesmente assumimos as antigas e seguimos jogando. Quais regras funcionam? Quais perderam sentido?


Algumas regras já mudaram. Não é problema aparecer crianças, parentes ou pets nas reuniões. Estamos humanizando essas relações. Mas não pode parar aí.


Helena precisa combinar suas novas rotinas com seus colegas e sua gestora, entendendo que cada um tem uma realidade distinta em casa. Ela vai conversar com sua equipe para reverem suas rotinas e combinarem e testarem mudanças para o grupo funcionar melhor. Responder WhatsApp à noite é mesmo necessário? Qual o impacto disso nos resultados vs bem-estar da equipe? Quais são as alternativas?


Não há resposta pronta, e isso é muito bom. Permite que as pessoas cocriem certas regras, rotinas e procedimento para um mundo novo.


E você, precisa combinar o que com quem?



Falar é fácil, Difícil é Fazer


Essas quatro perguntas são complexas, pois não estamos acostumados a refletirmos sobre o contexto no qual nos encontramos e sobre nossas necessidades essenciais.


Pessoalmente, tenho amigos e coaches que me ajudam a perceber do que sinto falta e como me adaptar ao Novo Normal. Para mim é mais fácil ter insights conversando do que pensando sozinho.


Convido você a buscar ajuda em sua rede de apoio, ou conte comigo como profissional de coaching e mentoring, disposto a ouvir você e ajudar no processo de insights para melhorar seu bem-estar e a se fortalecer para enfrentar o Novo Normal. Conheça meu perfil aqui. Para entrar em contato, envie um e-mail para calebe.luo@kenshin.com.br, ou acesse este link para agendar uma conversa inicial gratuita.


Para ler outros artigos sobre Pontos Fortes no COVID-19, clique aqui.


 

Fontes:


*De 16 países, Brasil é o que mais sofre com ansiedade por causa da pandemia de coronavírus: https://www.ipsos.com/pt-br/de-16-paises-brasil-e-o-que-mais-sofre-com-ansiedade-por-causa-da-pandemia-de-coronavirus

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