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Seja um Player na Carreira, não um NPC



Calebe Luo está no computador, olhando para a tela e digitando com seus dedos robóticos.
Calebe Luo, Player ou NPC? Arte criada com inteligência artificial

Carreira não é um jogo linear, no qual você passa de fase como numa escada rumo ao topo. A escada não existe, e quem acredita nela corre o risco de ficar estagnado e não entender o aconteceu.


Com tantas mudanças e disrupções acontecendo, não dá para garantir nem que sua organização exista no futuro, nem que seu chefe continue na cadeira, muito menos que um plano de carreira se sustente.


Para sermos protagonistas, precisamos encarar o jogo de frente, decifrando as regras e nos posicionando para jogar. Ser um Player requer explorar e ter papel ativo e consciente nas escolhas da sua carreira.


Compartilho nesse artigo ensinamentos valiosos de Fred Kofman, autor dos livros Conscious Business e Liderança e Propósito. Troquei o que ele chama de Vítima para NPC (Non Playable Character), termo que veio do mundo dos videogames e significa personagem não jogável, aquele com quem você interage e ele costuma ter respostas iguais e programadas. O termo até virou meme no TikTok tempos atrás.



Quando a Verdade não é Suficiente


Verdades são importantes, mas dependendo de qual você adota, pode levar você a caminhos e conclusões muito diferentes...

Imagine segurar uma maçã na sua mão direita. Ao soltá-la, a maçã cai no chão. Pergunta: Por que ela caiu?


  • Explicação 1: Gravidade

  • Explicação 2: Porque você a soltou.


Ambas as explicações são verdadeiras... Se você só tivesse espaço para uma explicação, qual você escolheria?


  • Se você escolheu gravidade, segurar uma maçã e ela não cair deveria ser um milagre.

  • Se você escolheu a explicação 2, você escolhe se a maçã cai ou não...


Isso nos traz um importante aprendizado. A história que contamos para nós mesmos faz muita diferenca:

"Podemos explicar as coisas que nos acontecem de 2 formas: usando variáveis dentro de nosso controle ou variáveis fora de nosso controle." - Fred Kofman

Quando você explica usando variáveis dentro do controle, você passa a ter PODER OPERACIONAL. Isto é, você pode fazer algo em relação ao que aconteceu.

Você pode protagonizar alguma adaptação, como um Player, e não ser vítima da circunstância, como um NPC.



A Armadilha da Vítima


Vítima é quem foca em fatores fora de seu controle nas situações.


Isso não quer dizer que outros não podem, não fizeram ou não te farão mal. Longe disso. O que muda é a postura em relação ao que aconteceu.


A linguagem de vítima é sutil, joga a culpa nos outros e nas circunstâncias. Sentimo-nos inocentes e isso até gera compaixão nos outros.


Mas, ao mesmo tempo, ficamos totalmente incapazes de qualquer reação. Exemplos típicos:


  • Foi ele(a) quem começou (a discussão, a briga, etc).

  • O projeto atrasou.

  • Fiquei preso(a) no trânsito.


A vítima é totalmente impotente em relação às suas decisões. Por conta das circunstâncias, não há nada que a vítima possa fazer. Ela não tem escolha.


A postura de vítima inviabiliza o protagonismo. O que nos leva ao segundo aprendizado:


"Vítima: Inocência leva à impotência." -Fred Kofman

Agora, parece fácil falar. Mas em quantas situações preferimos ficar na torcida, ao invés de entrarmos em campo?



A Postura de Player


Player é quem foca no seu próprio comportamento e habilidade em responder. Players encaram o jogo de frente. Não deixam o vitimismo tomar conta. 


Players desenvolvem a Respons(abilidade) = habilidade em responder.

Quando você tem postura de Player, você tenta transformar os limões numa limonada. 

Não tem resultado garantido, vai dar trabalho, você receberá críticas, é menos confortável.


Mas você sai de cabeça erguida, pois tentou o seu melhor. Não deixou na mão de outra pessoa a responsabilidade sobre a sua carreira. Isso é sentir-se empoderado.

Para ser um Player de alto desempenho, você precisa desenvolver autoconhecimento, autogestão e autoliderança.


Executar com excelência e eficiência o que você domina, e estar aberto para experimentar, testar e aprender com os erros para inovar.


Melhoria contínua, com aprendizado contínuo.


O grande campeão de tênis Roger Federer fez um discurso inspirador sobre como ser um Player.


Se não der certo, lição aprendida, você fez o possível. É só um ponto. Já foi.

Acertou uma jogada? É só um ponto. Já foi.


Bola pra frente, segue o jogo.



Oportunidades para ser Player aparecem quando menos esperamos. 


Na minha carreira, fui bi-campeão do prêmio CIAB Febraban nos anos 2010 e 2011. Selecionei e liderei as equipes, discutimos e trabalhamos durante almoços, após expediente e nos fins de semana. Tudo voluntário. Estávamos jogando, não sabíamos se iríamos vencer. Mas acreditávamos em nossas ideias e o investimento rendeu frutos.


Ganhamos 10.000 reais, viramos capa da revista CIAB Febraban de junho de 2010, fomos convidados para visitar diversas áreas no banco e apresentar nossos projetos. Palestramos para executivos sêniores sobre o futuro dos bancos, que a concorrência futura viria da Amazon e da Apple. Falamos sobre Bitcoin e economia p2p.


Pessoalmente, aumentei meu network, fiz novos amigos e recebi convites para assumir áreas de inovação. Compartilho esse e outros casos em minha palestra Career Hacking, com foco em Protagonismo e Gestão de Carreira.


E utilizo esses conceitos com meus clientes de coaching, para eles buscarem formas de se destacar em suas carreiras com seus talentos CliftonStrengths. Conheça também um pouco da minha história de luta contra o câncer no artigo Mudanças e Escolhas.



Precisamos de Mais Players


Na vida real, ninguém adota apenas a postura de NPC ou de Player jogador. Depende das circunstâncias e das pessoas, temos mais facilidade ou dificuldade em nos posicionarmos como Players.


À medida que amadurecemos, fica mais fácil assumir o protagonismo e deixarmos um pouco de lado as pressões externas.


Se o jogo é incerto, vamos melhorá-lo, vamos hackeá-lo. Precisamos de protagonistas em suas carreiras, que buscam mais do que um salário.


Gente que quer fazer a diferença, ter propósito, assumir riscos calculados. Profissionais que assumam sua humanidade, com suas virtudes e vícios, que direcionem seus talentos e pontos fortes para construir uma sociedade melhor.


Se você não se sente parte do problema, não pode fazer parte da solução. -Fred Kofman


Perguntas de auto-coaching que vão ajudar você a desenvolver uma postura de Player na Carreira:


  • Qual desafio você enfrentou?

  • Qual resposta você escolheu?

  • O que funcionou bem?

  • Você poderia ter respondido de forma mais eficaz? Com mais dignidade?

  • Quais talentos você usar melhor?

  • Você poderia ter se preparado melhor para mitigar os riscos?

  • O que você gostaria que tivesse acontecido numa situação ideal?

  • O que você pode fazer para melhorar a situação? Como seus talentos podem te ajudar nesse sentido?


Empoderamento começa com uma mentalidade de Player.


E já é mais que hora de transformarmos o jogo. E aí, bora jogar?



Obs: Agradeço ao meu amigo Márcio Marcos, sócio da Axialent, por me apresentar às ideias do grande Fred Kofman. Demorei para assimilá-las, mas hoje fazem muito sentido para mim.



 

Quem é Calebe Luo?


Calebe Luo segurando um sabre laser.
Calebe Luo, ao seu dispor.

Atuo como coach de Pontos Fortes Certificado pela Gallup desde que o método chegou ao Brasil, tendo treinado mais de 150 colegas nos últimos anos. Além disso, já liderei equipes que venceram 2 edições do prêmio CIAB Febraban e sou professor de robótica com LEGO.


Ao todo, mais de 2 mil pessoas de mais de 50 organizações já foram transformadas pelo meu trabalho. Acredito que Pontos Fortes é um caminho virtuoso para o florescimento humano e tenho orgulho de fazer parte desse movimento.


Palestras, workshops, mentoring e coaching: clique aqui para entrar em contato.


Meus Top 5 CliftonStrengths são: Conexão | Individualização | Estratégico | Excelência | Relacionamento

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